Você também é um zumbi?



Ultimamente eu tenho repensado algumas coisas.


Desde a infância somos bombardeados por uma série de ordens da família, da mídia, da sociedade como um todo.

Nesse universo gastronômico, como em outro qualquer, também nos deparamos com isso. O restaurante do momento, o chef do momento, a técnica do momento... É espuma, não é mais espuma, restaurante francês, restaurante tipicamente brasileiro, aquele chef que está há trinta anos no mercado, aquele outro que saiu da universidade um dia desses e já está "bombando". Vocês se sentem confusos? Eu também (às vezes).


Muita coisa, muita informação - às vezes, indicações duvidosas aparecem em guias e publicações especializadas. Eu (e mais um monte de céticos) fico me perguntando se não é "jogada de marketing" ou uma mera indução-teste, pra ver se o público engole tudo mesmo.


Sou cética, ainda acredito no gosto pessoal de cada um. Não desmerecendo as indicações que constam nas mídias ditas especializadas mas, restaurante bom (leia-se serviço decente, chef competente e preço justo) também pode ser divulgado pelo boca-a-boca. Ou vocês discordam?


Dizem que nado contra a corrente mas fico meio ressabiada (desconfiada) diante daquelas unanimidades repentinas. Não sou do tipo que atura fila de espera para degustar o menu de uma casa (sou prática: se fico curiosa, ligo, reservo a mesa - sempre para mais uns três amigos também céticos - e saio do lugar com minhas próprias conclusões). Acho uma humilhação passar 1 hora numa fila à espera de uma mesa. Parece fila de ajuda humanitária! Ou fila teenager na porta do Estádio do Morumbi para comprar ingresso do show da Madonna. Oh, minha Nossa Senhora das Filas Paulistanas, me defenda!


Tenho certeza de que em São Paulo existem sim, vários oásis escondidinhos. Longe da "muvuca", da vala comum (leia-se unanimidades momentâneas). Lugares onde sua memória gustativa pode ser ativada, em boa companhia. Quem se habilita a garimpar e dividir a descoberta conosco?

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