"Oi, lembra de mim? Pois é... eu tenho DST"

Um belo dia, você recebe por e-mail um postal enviado por aquela pessoa com quem saiu há algum tempo. Até aí, o que tem de mais? Tanta gente recebe cartões virtuais - você deve pensar. Mas nesse caso, o teor do postal é bem mais sério do que um "Feliz Aniversário".

"Não sei se essa é a melhor forma de dizer, mas descobri que tenho uma DST". Quer uma forma mais direta de saber que você se ferrou por ter feito sexo sem preservativo? Trata-se da campanha Muito Prazer, Sexo sem DST
O Ministério da Saúde acha que dessa forma (um tanto direta, é verdade), as pessoas informam aos seus parceiros sobre a possível infecção e ajudam na prevenção de uma nova transmissão.


Melhor do que receber ou mesmo enviar um postal desse tipo, é investir na compra de preservativos (masculinos, femininos ou ambos). Experimente comprar modelos diferentes (com texturas ou sabores) para dar um toque especial àquele momento íntimo. Se a grana estiver curta, não se preocupe, passe no posto de saúde mais próximo de você (a distribuição é gratuita).

O que eu ainda acho curioso, para não dizer irresponsável, é a promoção do Ministério da Saúde de campanhas onde o risco da transmissão de DSTs está associado à farra do Carnaval. Gente "bonita" e de pouca roupa, esbanjando saúde, cartazes coloridos que remetem à folia... Podem me chamar de "careta", mas acho que parece até um incentivo à promiscuidade. Algo do tipo "No Carnaval, transe à vontade!"
Assim como fizeram com as embalagens de cigarro, onde foram estampadas fotografias ilustrativas sobre os riscos à saúde, o mesmo poderia ser feito quanto às campanhas realcionadas às DSTs. Relatos sobre os efeitos devastadores do coquetel utilizado no tratamento da AIDS seria um recado mais do que direto (principalmente à garotada que está com os hormônios à flor da pele).

O que o Ministério da Saúde mostra nas campanhas de combate à AIDS


O que o Ministério da Saúde deveria mostrar

Enquanto a AIDS (principalmente) for encarada como "doença tratável", não haverá consciência suficiente para que a prevenção seja vista sob olhos mais cuidadosos.

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