Pois bem. Acompanhei a disciplina que abordava o planejamento físico de restaurantes (de acordo com a legislação sanitária e da construção civil). Ok, apesar do fato de eu não querer me meter em nenhum empreendimento no setor. Mas uma outra disciplina inclusa no pacote me chamou a atenção pelo nome: Novas Tecnologias em gastronomia.
Imaginei que fôssemos conhecer equipamentos (fornos combinados de última geração, cocção à vácuo, essas coisas...). Com o perdão da palavra, brochei! Não era nada disso!
Gastei 5 dias do meu suado dinheirinho com uma disciplina imbecil, ministrada por uma professora (sim, pois alguém daquela estirpe eu não me atrevo a chamar de chef!) antipaticíssima cuja proposta na cozinha era "vomitar" em cima de nós a espuma do Ferran Adriá. Aliás, esse módulo maldito serviu para uma coisa: para aumentar meu desprezo por essa maldita cozinha contemporânea que desrespeita completamente as tradições gustativas ao propor o que os pseudo-star-chefs chamam de desconstrução.
O chef franco-carioca Claude Troisgros estava certo quando disse que "Na França todos estão usando espuma e gelatina, estão perdidos (...) e vai ser difícil voltar porque os chefs mais jovens estão perdendo as raízes (...)".
Cheguei à conclusão de que a espuma de côco caiu na vala comum, é como pombo na praça da Sé. Aliás, o que será que o mundinho acharia de espuma de pombo com orelha crocante de gato vira-lata?
2 comentários:
Josy, concordo com você!
Vou até publicar essa semana um texto falando sobre isso.
Bjss
ja tive muitas aulas assim na faculdade e olha que isso foi em 2003, imagino hoje com ferrans adrias borbulhando e se espumando por ai e por aqui... tinha muita coisa que eu tb nao tolerava e ja tive restaurante... a vida real é muito diferente do que é pregado nas aulas, ja dei aula tb e mostrava a realidade para meus alunos e por incrivel que pareça, eles nao acreditavam.... fazer o que?!
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